sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

                                                                                                                                                                        

                  
Atividades Gestar II – Língua Portuguesa
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE  MARACAJU
Professora Formadora: Sonia Von Grafen



                        GESTAR II – 2011 – CRONOGRAMA DAS OFICINAS
                                                      

DATAS
ENCONTROS
UNIDADE/TÍTULO
CARGA HORÁRIA
19.02.11

1º Encontro
1ª OFICINA
Introdutória
Estudo do Guia Geral
Duração: 4 horas (presenciais)
05.03.11
2º Encontro
2ª OFICINA
Introdutória
Estudo do Guia Geral
Duração: 4 horas (presenciais)
19.03.11
3º Encontro
3ª OFICINA
Oficina Livre –
 Gênero Relatório

Duração: 4 horas (presenciais)
02.04.11
4º Encontro
4ª OFICINA
Oficina 5 – TP3 – Unidade 9 e 10

Duração: 4 horas (presenciais)
16.04.11
5º Encontro
5º OFICINA
Oficina –
 Orientação de Projetos
Duração: 4 horas (presenciais)
30.04.11
6º Encontro
6ª OFICINA
Oficina 6 TP3 – Unidade 11 e 12
Duração: 4 horas (presenciais)
14.05.11
7º Encontro
7ª OFICINA
Oficina  - Livre
 Duração 4 horas (presenciais)
28.05.11
8º Encontro
8ª OFICINA
Oficina 7 TP4 – Unidade  13 e 14
 Duração: 4horas (presenciais)
11.06.11
9º Encontro
9ª OFICINA
Oficina 8 TP4 – Unidade  15 e 16
 Duração 4 horas (presenciais)
25.06.11
10º Encontro
10ª OFICINA
Oficina –
 Orientação de Projetos
Duração: 4 horas (presenciais)
02.07.11
11º Encontro
11ª OFICINA
Oficina 9  TP5 -  17 e 18
 Duração 4 horas (presenciais)
09.07.11
12º Encontro
12ª OFICINA
Oficina – Orientação de Projeto
 Duração 4 horas (presenciais)
30.07.11
13º Encontro
13ª OFICINA
Oficina  - Livre
 Duração 4 horas (presenciais)
13.08.11
14º Encontro
14ª OFICINA
Oficina 10 TP5 – Unidade 19 e 20

Duração: 4 horas (presenciais)
27.08.11
15º Encontro
15ª OFICINA
Oficina 11 TP6 – Unidade 21 e 22
Duração: 4 horas (presenciais)
10.09.11
16º Encontro
16ª OFICINA
Orientação de Projetos
Duração 4 horas (presenciais)
24.09.11
17º Encontro
17ª OFICINA
Oficina 12 TP6 – Unidade 23 e 24
Duração: 4 horas (presenciais)
01.10.11
18º Encontro
18ª OFICINA
Oficina 1 TP1 – Unidade 1 e 2
Duração: 4 horas (presenciais)
22.10.11
19º Encontro
19ª OFICINA
Oficina 2 TP1 – Unidade 3 e 4
Duração: 4 horas (presenciais)
29.10.11
20º Encontro
20ª OFICINA
Oficina Livre
Duração: 4 horas (presenciais)
05.11.11
21º Encontro
21ª OFICINA
Oficina 3 TP2 – Unidade 5 e 6
Duração: 4 horas (presenciais)
19.11.11
22º Encontro
22ª OFICINA
Oficina 4  TP2 – Unidade 7 e 8
Duração: 4 horas (presenciais)
03.12.11
23º Encontro
23ª OFICINA
Oficina  Avaliação

Duração: 4 horas (presenciais)
10.12.11
24º Encontro
24ª OFICINA
Oficina  Avaliação

Duração: 4 horas (presenciais)




ELABORAÇÃO DO PROJETO
Semanalmente serão atribuídas 4h de atendimento individualizado aos professores, para auxiliá-los na elaboração e aplicação do PROJETO, perfazendo 24h.



Projeto

O professor cursista deverá desenvolver um projeto para a finalização do programa, de preferência interdisciplinar, a ser implementado em sala de aula, apresentando a estrutura a seguir:

a)       Temática: definir um tema que possa desenvolver os conhecimentos adquiridos no programa  seja contextualizado à realidade de sala de aula.
b)       Problemática: definir uma situação-problema a ser focada mediante seu desenvolvimento.
c)        Fundamentação teórica: definir os conceitos e as teorias que darão base a todas as ações desenvolvidas.
d)       Objetivos: definir quais são os objetivos gerais e específicos a serem alcançados com a sua implementação.
e)       Metodologia: definir os passos a serem seguidos e os recursos materiais a serem utilizados para a sua realização.
f)        Cronograma: definir o cronograma de cada etapa de desenvolvimento e os seus respectivos prazos.
g)       Equipe de trabalho: definir as áreas de conhecimento envolvidas, assim, como os educadores participantes e as suas respectivas atribuições.
        o)    Avaliação: definir o processo de avaliação e os instrumentos a serem utilizados


QUADRO DEMONSTRATIVO DA CARGA HORÁRIA DO PROGRAMA

ATIVIDADES

ATIVIDADES

ESTIMATIVA DE TEMPO

1.Estudos Individuais

2. Estudos Coletivos – Oficinas



3. Lição de Casa

4. Elaboração do projeto
24 Unidades dos TPs (5 horas para cada Unidade)

16 Oficinas das Unidades
  2 Oficinas introdutórias
  2 Oficinas de avaliação
  (4 horas cada Oficina)

12 Unidades dos TPs (5 h cada Unidade)

Do início ao término do curso
120 h

  80 h




  60 h

  40 h


Total de Horas -  300 h


Para a realização das atividades previstas em cada TP, é necessário que o professor cursista dedique:

. Cinco horas por semana, fora do horário de trabalho, para estudo individual a distância do Caderno de Teoria e Prática.
. Quatro horas, nas datas previstas no calendário acima, para Oficinas, assistidas pelo formador de Língua Portuguesa.
. Quarenta horas  para elaboração do projeto de trabalho.




TEXTO REFLEXIVO SOBRE GÊNEROS TEXTUAIS

O trabalho com gêneros de texto na escola é uma extraordinária oportunidade de se lidar com a língua em seus mais diversos usos autênticos no dia-a-dia.  Pois nada do que fizermos linguisticamente estará fora de ser feito em algum gênero”.
                                                                                     ( Marcuschi)

Gêneros Textuais? Inventaram um novo modismo? Retrocederam a fita e estacionaram na “Semana de Arte Moderna”, onde tudo terminava em “ismos”?
Se fôssemos a reencarnação de Monteiro Lobato seria coerente pensarmos  assim, todavia estamos em pleno século XXI e os “ismos” perduram até hoje, demonstrando que nossos “desvairados escritores” deste período, estavam “loucamente lúcidos”.
O mesmo acontece com os Gêneros Textuais que até a pouco tempo, o ensino de produção de texto ( ou redação) era feito como um procedimento único e global, como se todos os tipos de textos fossem iguais e não apresentassem determinadas dificuldades e características que os diferenciassem e, por isso não havia necessidade de se exigir aprendizagem específica.
A fórmula de ensino de redação, ainda hoje, praticada em muitas escolas brasileiras – consiste fundamentalmente na triologia , não a triologia do “Tempo e o Vento” de nosso querido escritor gaúcho Érico Verríssimo, mas na triologia “narração, descrição e dissertação”. Além disso, essa concepção carrega consigo  uma visão equivocada de que narrar e descrever  seriam ações mais “fáceis” e que deveriam fazer parte dos referenciais curriculares da 5ª a 8ª séries (ou 6 ao 9º anos) e que a dissertação por apresentar uma gama de dificuldades mais elevadas e de difícil assimilação, era reservada ao Ensino Médio.
Os Gêneros Textuais hoje são portas abertas para a comunicação.
Sabemos que a necessidade de haver comunicação entre diversos povos e suas culturas não é de hoje. Então, para que esse fenômeno ocorresse, foi-se necessário modificações não só na postura do homem em relação ao mundo que o cerca, mas também dele posicionar meios para que o ato da comunicação seja facilitado e, principalmente, usual. Para isso, estudiosos, em distintas épocas, foram encontrando esses facilitadores em nomenclaturas teóricas a respeito da textualidade, até chegar à proposta de Gênero Textual.
E faça-se a “Luz” – ordenou “Deus” e nasceram, cresceram, estudaram, pesquisaram, os sóis chamados Marcuschi”, “Bronckart”, “Travaglia”, “Schneuwly”, “Dolz” entre outros; que  dedicaram anos de estudo e pesquisa para que hoje pudéssemos ter  clareza e competência para discernirmos Gêneros Textuais de Tipos Textuais. Sabemos que nada é estanque ou existe isoladamente, como diz Marcuschi “...nada do que fizermos linguisticamente estará fora de ser feito em algum gênero.”
O ensino-aprendizagem de leitura, compreensão, interpretação e produção de texto, pela perspectiva dos Gêneros, torna distinto o verdadeiro papel do professor de Língua Materna hoje, não mais visto como um especialista em textos literários ou científicos, distante da realidade e da prática textual do aluno, mas como um especialista nas diferentes modalidades textuais, orais e escritas, de uso social.
O bom texto não é aquele que apresenta, ou só apresenta características literárias, mas aquele que é adequado à situação comunicacional para a qual foi produzido , ou seja, se a escolha do gênero, se a estrutura, o conteúdo, o estilo e o nível de língua estão adequados ao interlocutor e podem cumprir a finalidade do texto.
Acredito que abordando os Gêneros Textuais, a escola estará dando ao aluno a oportunidade de se apropriar devidamente de diferentes Gêneros Textuais, socialmente utilizados, sabendo movimentar-se no dia-a-dia da interação humana, percebendo que o exercício da linguagem será o lugar da sua constituição como sujeito. A atividade com a língua, assim, favorecerá o exercício da interação humana, da participação social dentro de uma sociedade letrada.